Texto por Revista Auto Esporte – Consegue verificar se o pneu do carro está na validade? Técnicos respondem quanto tempo e quando fazer as manutenções necessárias.
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Responda rápido: você sabe se o pneu do seu carro ainda está dentro da validade? Como você faria essa checagem? Pela marca TWI na banda lateral, pela validade carimbada no lado de dentro ou pela garantia do produto?
Com a polêmica dos Run-Flat, ressurgiu a discussão da vida útil dos pneus. Por isso, conversamos com dois técnicos para esclarecer quando trocar e como ter os cuidados básicos para conservá-los em bom estado.
Devo seguir a data de validade?
Muitas pessoas confundem validade e tempo de uso. Segundo Donizete Bonacini, especialista em pneus, “não tem validade, e sim garantia”. É convenção dos fabricantes oferecerem 5 anos de cobertura a partir da data de fabricação, ou da emissão da nota.
Ou seja, se ocorrer algum problema dentro desse período, a empresa revendedora do pneu será responsável por dizer se houve falha de fabricação ou mau uso pelo condutor.
Data de fabricação é um código
E onde fica a data de fabricação? Carimbada na parte externa do pneu, próximo ao DOT. Os últimos 4 algarismos indicam a semana e o ano em que o pneu foi produzido. Exemplo: se os últimos números são 3416 significa que a fabricação foi na 34ª semana de 2016.
Outra forma mais simples de validar a garantia do pneu é através da nota fiscal. A partir da emissão da nota fiscal, conta-se 5 anos de cobertura. Por isso, a importância de pedir e guardar a nota fiscal na compra do produto.
Uso tem influência
Fábio Magliano, gerente de Produtos Car e Motorsport da Pirelli para a América Latina, afirma que a vida útil do pneu é bastante relativa, e varia de acordo com o tipo de uso. Para pneus de carros de performance, com índices H, Y e ZR (que suportam velocidades acima de 210 km/h), o recomendável é troca em 5 anos, já que pedem maior aderência.
Em carros populares, a recomendação sobe para 10 anos, mas isso quando o produto estiver bem conservado e com balanceamento, alinhamento e calibragem em dia.
Qualquer anormalidade, melhor conferir seu estado em uma oficina.
O alinhamento de direção, balanceamento de rodas e o rodízio é recomendável a cada 10 mil quilômetros rodados, pelo menos. “Ou se o condutor tive um impacto muito grande na roda. Mesmo que o motorista não considere que o volante está torto ou puxando para um lado, é sempre bom verificar em um mecânico de confiança, pois o pneu pode ter um desgaste irregular”, reitera Donizete.
Já a calibragem deve ser feita em média de 20 em 20 dias, com pneus frios. Para isso, dê preferência ao serviço feito próximo ao trabalho ou à residência e sempre no mesmo posto de confiança, dependendo da mangueira ou do calibrador, pode haver diferença no resultado.
Caso sinta que há algo de errado com o pneu, mesmo dentro da garantia dos 5 anos, a dica é ir à uma revenda especial ou a um especialista para melhor avaliação, independente de quanto tem de suco profundo ou se ainda aparência de novo. “O carro pode ter sofrido um problema na lateral que pode compremeter a validade do pneu”, diz Magliano.
Estepe: mesmo reservado, precisa ser trocado
Vale lembrar que o estepe também deve ser trocado em no máximo em 10 anos, já que “mesmo sem ter rodado 1 metro, a borracha passa por um processo natural de envelhecimento”, adianta Fábio. Isso serve se o pneu reserva for o tradicional e não temporário, como equipado nos novos modelos de automóveis.
Vale comprar pneus usados?
Ambos os especialistas não recomendam sob nenhuma circunstância a compra de pneus usados. Isso porque além do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) não emitir laudo, no caso dos pneus remolde a banda de rodagem é nova, mas a carcaça é antiga.
Pneu careca pode dar prejuízo
Além disso, é responsabilidade do motorista verificar se pneu está “careca”. Isso significa que o pneu está liso e que o sulco está abaixo de 1,6 mm. Caso o agente de trânsito fiscalize o estado dos pneus e verifique que o TWI (Tread Wear Indicator, ou Indicação de Desgaste de Banda) esteja no nível da banda de rodagem, o motorista pode ser multado. A regra vale também para o estepe. A penalidade para quem desobedecer a lei é de cinco pontos na carteira e mais multa de R$ 195,23.
Fonte original do texto: Revista Auto Esporte
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