Revista 4 Rodas – Documento inteligente seria originalmente implantado no Brasil no início de 2019, mas prazo acabou sendo prorrogado em quatro anos.

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Lembra da proposta de uma nova Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que contaria com chip e Código de Referência Rápida (o popular QR Code), para facilitar o acesso remoto de dados e funcionar até como “cartão de crédito”?

Ela foi apresentada no fim de 2017 e deveria se tornar obrigatória no Brasil já no início do ano que vem. Pois bem: sua implantação não ocorrerá tão rápido assim.

A resolução 747, publicada no fim de novembro pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), alterou a data limite de 1º de janeiro de 2019 para 31 de dezembro de 2022, portanto um adiamento de quatro anos.

Elementos que serão gravados na parte da frente da nova CNH (Denatran/Divulgação)
Elementos que serão gravados na parte da frente da nova CNH (Denatran/Divulgação)

A assessoria do Ministério das Cidades, órgão ao qual o Contran está vinculado, enviou nota explicando que precisará de prazo maior para adequar a carteira reformulada às novas CNH e CRLV (documento do veículo) digitais. Confira na íntegra:

“A alteração partiu do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), pois a resolução não foi disciplinada inteiramente. Não sendo possível entrar em vigor em janeiro/19.

A transformação digital implementada pela atual gestão (…) levou a necessidade [sic] da criação de um grupo de trabalho para estudar prazos num universo temporal de cinco anos e migrar os documentos CRLV e CNH para a opção digital.”

O que a nova CNH terá

Desenvolvida pela Universidade de Brasília (UNB, a pedido do Ministério das Cidades, a nova CNH brasileira pretende se tornar um documento inteligente, facilitando o armazenamento e a leitura digital de informações sobre seu proprietário.

Ela será dotada de chip e QR Code, permitindo às autoridades de trânsito terem acesso rápido (inclusive offline) ao histórico de infrações do motorista via aplicativo de celular.

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) promete ir além: como várias informações, incluindo as impressões digitais do condutor, estarão gravadas na memória do chip, será possível usar a futura carteira de habilitação para pagar pedágios e serviços de transporte público eletronicamente.

Segundo o órgão, o documento poderá servir até mesmo como instrumento de identificação biométrica em prédios públicos e universidades.

Outra novidade é que a CNH, a partir do novo padrão, passará a ser confeccionada em policarbonato, um tipo de plástico, e não mais em papel. Suas dimensões serão: 8,66 centímetros de comprimento x 5,4 cm de largura x 0,7 milímetros de espessura.

Fonte original do texto: Revista 4 Rodas

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