Revista 4 Rodas – Um estudo da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNSEG) aponta um dado impressionante: mais de 70% da frota nacional circula sem seguros. As companhias confirmam que o interesse em proteger o próprio patrimônio e o alheio, no Brasil, é muito baixo.

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Enquanto na Europa isso é atacado com a obrigatoriedade de que os automóveis em circulação tenham seguro, sob pena de apreensão do veículo, aqui o mercado precisa apelar para iniciativas como as insurtechs e seguros populares.Oito dicas para deixar o valor da apólice do seu carro mais baixa sem correr o risco de ficar na mão quando precisar do serviço

Tudo para atacar um dos maiores motivos para tanta gente não fazer o seguro: o preço alto. Se você também acha caro contratar uma apólice, as dicas a seguir podem ajudar – e muito – quem não quer ficar de uma hora para outra sem a liberdade que o automóvel proporciona.

1) Não compre o carro sem saber antes quanto custará o seguro

Muita gente se apaixona por um modelo, compra no impulso e, na hora de assegurar o veículo, cai duro de susto com o preço.

Isso porque a futura compra tem alta taxa de roubo e furto ou peças muito caras ou outro fator que torne a apólice cara. Antes de fechar negócio, faça a cotação com seu corretor. E peça dicas a ele sobre o modelo que custa menos proteger.

2) Tenha garagem no trabalho e em casa

Um fator que pesa na hora de fazer o seguro é onde ele será guardado quando não estiver em uso. Se for em garagens ou estacionamentos pagos mensalmente, tanto no trabalho quanto em casa, é certeza que a seguradora cobrará menos para proteger seu bem sobre quatro rodas.

Se você não tem garagem em casa nem no trabalho, procure morar e trabalhar em regiões em que furtos e roubos sejam baixos. Ainda que isso não seja fácil, é um cuidado que aqueles que estão procurando por uma nova casa podem ter. E compensa: a diferença no valor do seguro pode passar de 70%.

3) Fique de olho no bônus

Algumas seguradoras oferecem descontos para quem não toma multa. Outro exemplo de como o bom histórico do motorista ajuda a economizar no seguro é o bônus, válido para todas as empresas.

Funciona assim: se contratar o seguro por um ano sem precisar acioná-lo, você pode renová-lo com desconto, geral de 5%. E assim sucessivamente até chegar à classe máxima de bônus, normalmente chamada 10, mas isso pode variar de seguradora para seguradora.

4) Compre carro que está em linha

Adquirir um usado com mais de dez anos é um alívio para o bolso, mas pode pesar muito no seguro. Isso porque modelos fora de linha costumam ter peças mais raras (e caras) e ser mais visados por ladrões, para servirem como fornecedores.

Modelos fora de linha, mas que tiveram produção alta, como o Chevrolet Corsa, costumam ter seguros mais em conta. A idade do veículo também pode ser motivo de recusa de cobertura.

5) Instale rastreadores e outros itens que facilitem recuperação

Algumas companhias dão descontos a quem aceita usar rastreador ou itens de identificação do carro ou das peças. A chance de recuperar um automóvel com esses recursos é bem mais alta. Se a seguradora sugerir, acate.

6) Cote em mais de uma seguradora

A pesquisa de preços é essencial: as diferenças entre as seguradoras podem passar de 100%. Só não se deixe seduzir por prêmios e franquias muito baixos, especialmente se não conhecer a reputação da empresa. Uma consulta a serviços de proteção a clientes, como o site ReclameAqui, já evita arrependimentos no futuro.

7) Escolha a melhor franquia

Há quatro tipos de franquias, ou seja, do valor da “coparticipação” que será preciso pagar para ter o carro consertado. Quem tem bom histórico pode escolher a básica ou a ampliada, que reduzem o prêmio (o valor pago pelo seguro na contratação).

Quem é azarado (ou é mau motorista mesmo) e se acidenta com frequência deve optar pela franquia reduzida ou isenta.

8) Saiba que coberturas adicionais compensa contratar

O seguro principal é só parte das proteções oferecidas pelas seguradoras. Há coberturas adicionais que encarecem a apólice, como proteção a vidros, carro reserva etc. Só que, dependendo da sua necessidade, as coberturas adicionais podem economizar uma boa grana.

Como gente que roda por estradas de terra e toma pedradas no para-brisa com frequência. Ou quem não pode ficar sem carro de jeito nenhum. As coberturas adicionais deixam o seguro mais caro no início, mas podem ajudar mais adiante, em caso de sinistro.

A montadora dá uma força

Como os fabricantes de carros sabem que o seguro interfere na decisão de compra, alguns passaram a oferecer esse serviço. Entre os benefícios, está uma série de atrativos que ajudam a baixar o custo da apólice.

Como a possibilidade de contratar a proteção por até três anos, de embuti-lo no financiamento e de ter diferentes pacotes de coberturas. Essa, por exemplo, é a receita para o seguro Volkswagen.

Administrado pela Mapfre, ele tem períodos de contratação de 12, 24 ou 36 meses. O serviço para três anos evita alteração de preço causada por um alto índice de roubos desse modelo no período, o que em outras companhias aumentaria o custo da apólice no ano seguinte. O seguro ainda pode ser financiado de modo independente.

Outra empresa que aposta nessa estratégia é a HPE, mas com uma abordagem diferente. Em vez de ter uma apólice específica para os modelos da Mitsubishi e da Suzuki, a empresa tem uma corretora própria.

Segundo a HPE, sua corretora se especializou nos modelos das marcas japonesas e tem mais detalhes sobre manutenção e peças. Isso ofereceria uma chance de intercâmbio sobre danos mais frequentes, índice de roubos e furtos, entre outros, o que estimula medidas de lado a lado para que os seguros sejam mais baixos, com redução dos riscos.

Pedimos a cotação à HPE de um Mitsubishi ASX 4×2 CVT e um Suzuki Jimny 4ALL, no mesmo perfil, e comparamos com uma corretora comum (RK Security). No ASX, a cotação mais barata na HPE foi a da Mapfre, de R$ 3.555, pouco acima dos R$3.523,61 da RK Security.

No caso do Jimny, o seguro mais em conta veio da HPE Corretora, de R$ 2.383,75 (Itaú), bem abaixo dos R$ 6.394 da RK Security.

Fonte original do textoRevista 4 Rodashttps://quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-que-pode-ser-feito-para-diminuir-o-valor-do-seguro/

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