Revista Auto Esporte – Confira se compensa fazer reparos como funilaria e consertos mecânicos antes de anunciar o seu veículo.
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Os anos se passaram. E o carro que você comprou novinho em folha e com plástico nos bancos, perdeu o brilho de 0km. Ou já apresenta alguns sinais da idade, tais como pequenos riscos e sinais na lataria, além de ruídos estranhos na suspensão, no sistema de freios e no motor. Quando não são emergenciais, as pequenas avarias muitas vezes são simplesmente desconsideradas pelos proprietários.
Mas será que vale a pena consertar pequenos defeitos quando chega a hora de trocar o seu veículo? “Quando o carro é antigo as pessoas não ligam tanto. Mas, quando o carro é mais novo ou de valor mais alto, as pessoas querem que esse automóvel tenha uma aparência muito boa.”, diz Rubens Venosa, da Oficina Motor-Max.
Venosa conta que um conhecido tinha um Honda CR-V com 10 mil km rodados e vários riscos na lataria. Segundo o engenheiro mecânico, o colega não conseguia vender o carro de jeito nenhum. Ele foi recomendado a repintar o para-choque, fazer a funilaria de batidinhas das portas e a polir as rodas. Tudo ficou em aproximadamente R$ 1.500. “Depois disso, o carro foi vendido rapidamente.”, afirma Venosa.
Por outro lado, há situações em que os reparos não são bem vindos. Um exemplo é quando as avarias não representam tanta diferença no visual do carro. “Com relação a parte externa do carro, eu recomendo que não faça consertos se for coisa bem pequena . Dá margem para interpretações de que houve algo bem maior, caso o serviço seja mal feito”, diz Rodolfo Duma, vistoriador da Evydhence Perícia Automotiva.
Como pequenas avarias na parte externa podemos considerar, por exemplo, aqueles pontinhos na lataria causados por batidas descuidadas de abertura de porta, ou em estacionamentos apertados. Ou, ainda, quando há pequenos (e poucos) riscos que não comprometam muito a aparência do carro. Se o carro for mais novo, e o visual estiver muito comprometido, pode valer a pena pintar uma peça como um para-choque ou um capô danificado. Faça as contas.
E os consertos mecânicos?
Para Rodolfo Duma, da Evydhence, só é recomendado arrumar a parte mecânica se as avarias forem pequenas. Alguns dos reparos que valem a pena fazer são: limpeza dos bicos injetores, troca de filtros, de discos e das pastilhas de freio, de velas, de cabos e de correias.
Portanto, esqueça de arrumar defeitos que exijam a abertura do motor ou do câmbio. E também de trocas como as do jogo de amortecedores e dos pneus. O investimento é alto e, em geral, o vendedor não consegue recuperar o dinheiro investido.
O visual conservado de um carro passa mais credibilidade na hora da venda. Não tem jeito, a aparência é um dos principais fatores que atrai possíveis compradores. Além disso, uma carroceria bem cuidada é quase sempre sinal de bom estado de conservação geral do veículo. Ainda que haja sinais do tempo como raspões em pilastras ou em vagas de estacionamentos.
A dica então é não gastar muito dinheiro “preparando” o carro para a venda, mas fazendo apenas o necessário. “Vai ser muito difícil recuperar o dinheiro desses reparos no ato da venda. Porém, ao fazer o básico você não vai ter dor de cabeça na venda. E ninguém vai voltar reclamando. O mais importante é que você não vai precisar baixar o preço do carro na hora que ouvir uma pechincha.”, diz Duma.
Fonte original do texto – Revista Auto Esporte: https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2018/10/vale-pena-consertar-o-carro-antes-de-vender.html
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