Segundo associação de lojistas, greve dos caminhoneiros afetou o mercado que vinha crescendo desde o começo do ano. As vendas de carros novos aumentaram menos que o esperado em maio, quebrando a tendência de crescimento que vinha sendo registrada desde o início do ano.
Segundo Alarico Assumpção Junior, presidente da Fenabrave, a greve dos caminhoneiros é a grande responsável pela queda no volume de emplacamentos em relação a abril.
O balanço mensal da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta que foram vendidos 201.880 veículos novos no mês passado (considerando carros, comerciais leves, caminhões e ônibus), quantidade que representa 7,11% menos que o mês anterior. Em relação a maio do ano passado, há um aumento sutil de 3,24%.
Quando são considerados apenas os automóveis e comerciais leves, foram emplacadas 194.922 unidades. Esse total é 7,17% a menos que em abril e 2,53% a mais do que o registrado em maio de 2017. Caminhões e ônibus tiveram uma queda de 5,50% nas vendas em relação a abril. Em compensação, esses veículos foram bem mais vendidos neste ano do que em maio do ano passado, com aumento de 28%.
Acumulado do ano e a Greve dos Caminhoneiros
Até o momento, o ano de 2018 acumula 964.697 veículos vendidos, volume aproximadamente 17% maior que o acumulado de 2017. Desse número, 932.173 unidades são só de carros e comerciais leves. No entanto, de acordo com a Fenabrave, o aumento poderia ser maior se não fosse pelo impacto sofrido devido à greve dos caminhoneiros na última semana de maio, que chegou a interromper a produção de veículos em montadoras de todo o país.
“Apuramos que, a partir do dia 25 de maio, o número de veículos emplacados começou a retrair. Este cenário ocorreu, entre outras razões, pela dificuldade de abastecimento de combustível, que fez com que os veículos, já prontos para entrega, não fossem conduzidos aos pátios dos Detrans para emplacamento”, explicou Alarico Assumpção Júnior, Presidente da Federação.
Além disso, Assumpção Júnior acrescenta que junho também poderá sofrer com reflexos da paralisação: “Considerando que o espaço de tempo, entre a venda do veículo e o seu emplacamento, é de até 7 dias, essa redução no volume ainda não pode ser apurada em sua totalidade, e os reflexos da greve dos caminhoneiros devem se estender nos resultados domês de junho. Com a greve dos caminhoneiros/cegonheiros, os veículos não estavam sendo transportados até as Concessionárias e muitos não foram fabricados, dada à falta de componentes. Isso sem mencionar o desabastecimento de peças e a perda de serviços que seriam realizados nas oficinas de nossas Redes já que, sem combustível, os clientes não se deslocavam até as Concessionárias, seja para comprar novos veículos ou mesmo para realizar serviços que já possuem”, diz.
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