Assim como ocorre em pessoas, trabalhar em altitudes elevadas compromete a performance. Veja como potência e torque mudam nessa situação
Sim, existe. Antes de serem lançados, os veículos são testados nas mais diversas condições. No entanto, os cálculos de consumo e potência são feitos, por padrão, considerando o nível do mar.
Nesse caso, como explica o engenheiro Hélio da Fonseca Cardoso, do Instituto de Engenharia, quanto maior a altitude, maior a influência nos dois quesitos.
Para cada 100 metros a mais na altitude, haverá em média um acréscimo de 1% no consumo de combustível e 1% na perda de potência.
Isso ocorre porque o ar mais rarefeito faz com que a mistura com o combustível se torne mais pobre. E com menos ar e combustível, há a necessidade de acelerar mais devido à menor potência – é isso o que gera maior consumo.
Em Bogotá (Colômbia), que está situada a 2.640 metros acima do nível do mar, haverá um aumento de mais de 20% no consumo, com uma redução equivalente da potência.
Essa variação é fundamental ao desenvolver carros que vão correr na famosa subida de Pikes Peak, nas montanhas do Colorado (EUA).
Lá, os competidores começam a prova aos 2.865 metros e terminam aos 4.301, após percorrer 20 km. Ao cruzar a linha de chegada, a perda de potência é cerca de 30%.
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