Texto por Revista Auto EsporteO sistema aumenta ainda a economia de combustível, mas a troca de um bico injetor pode ser seis vezes mais cara.

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O aumento de complexidade ocorreu com os sistemas de injeção de gasolina ou flex. O bico injetor original de um Volkswagen Up! TSI ou de um Citroën C4 Lounge THP pode custar por volta de R$ 1.200, de acordo com Bruno. Ambos têm injeção direta, sistema de alta pressão que não tem tolerância para improvisos ou peças de segunda linha.

Por ser mais eficiente e, por isso, colaborar para a redução do consumo e das emissões, além de casar bem com motores turbo, esse sistema deverá se tornar predominante. Ou seja, mais motoristas irão arregalar os olhos ao receber orçamentos e descobrir que a peça que custava R$ 200 em seu carro antigo hoje vale ouro.

VOLKSWAGEN UP! TSI FOI UM DOS PIONEIROS DA INJEÇÃO DIRETA (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Antes de entrar em pânico, os donos de veículos com injeção direta precisam saber que o sistema não é mais frágil que os convencionais. O problema está no combustível adulterado, que compromete a durabilidade. Bruno diz que não é raro receber carros modernos com problemas causados por um líquido de origem obscura que deveria ser etanol, gasolina ou diesel.

Em caso de defeito que exija troca do bico, o consumidor deve ter cuidado com as ofertas milagrosas. Preços muito baixos podem significar que a peça seja de baixa qualidade, usada ou mesmo roubada.

A modernização dos veículos e de seus componentes, da central multimídia ao turbo, parte também das demandas dos compradores, o que torna inevitável o aumento dos custos.

Injeção eletrônica também era cara antes de popularizar

Contudo, a tendência é de que tanto os sistemas de injeção direta fiquem mais baratos com a popularização dessas tecnologias. Isso ocorre pelo ganho de escala de produção, que amortiza os valores empregados no desenvolvimento dos equipamentos e aumenta a oferta no mercado de reposição.

INJEÇÃO ELETRÔNICA CONVENCIONAL INJETA O COMBUSTÍVEL NO COLETOR DE ADMISSÃO (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Se não fosse assim, a injeção eletrônica teria morrido ainda nos anos 1990. Alberto Martinucci, que fundou a Motorfast, em 1995, lembra do quanto era caro substituir componentes naqueles tempos, em que sistemas analógicos não emitiam sinais de fácil compreensão dos problemas apresentados.

Era a época da Bosch LE Jetronic, que equipou modelos célebres (Volkswagen Gol GTI, Chevrolet Kadett GSI e Fiat Uno 1.6 MPI, entre outros), e de equipamentos mais simples, monoponto, que chegavam para aposentar os carburadores e adequar os carros às normas ambientais, que ficavam mais exigentes.

Fonte original do texto: Revista Auto Esporte

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