Saber a hora certa da troca de óleo do motor é fácil e vai evitar que seja enganado com um serviço desnecessário.

Uma das dúvidas mais comuns entre os donos de carros é sobre a troca de óleo. Qual o momento certo para fazer a substituição? Posso completar o nível ao invés de trocar? E se for de outra marca? É para usar aditivo ou não? São muitas perguntas com um dos cuidados mais básicos para se ter com o carro e, que se for ignorado, pode provocar problemas como perda de potência e superaquecimento. Vamos te contar como não errar:

Quando trocar?

Confira o manual do proprietário, pois isso varia de carro para carro. O normal é que essa substituição seja feita a cada 10 mil a 15 mil quilômetros ou seis meses, o que vier primeiro – isso se o carro rodar em condições ideais. Se você passa muito tempo preso no trânsito, pega muita estrada (ou algumas ruas de São Paulo) irregulares ou mora em um lugar muito quente, o prazo de troca pode cair pela metade. Vale verificar se o óleo está bom caso o seu carro tiver enfrentado uma enchente.

Você não precisa ser mecânico para fazer isso e é até bom que saiba fazer você mesmo, para evitar papo de frentista que vai tentar te empurrar uma troca ou alguns litros para completar o nível. Isso porque a medição deve ser feita com o motor frio e com o carro parado em local plano – ou seja, nada de fazer isso quando parar para abastecer. Como o veículo estava funcionando, parte do óleo subiu para o sistema do carro, então precisa esperar que ele desça de volta para o reservatório.

Puxe a vareta de medição. Em cada carro ela pode ficar em um lugar diferente, mas sempre é um anel circular ou retangular, na cor vermelha, laranja ou amarela. Normalmente, ela está do lado esquerdo do motor (o mesmo do banco do passageiro). Carros com transmissão automática podem ter duas varetas. Para não confundir, certifique-se que está olhando a peça certa de acordo com o manual do veículo.

Coloque a ponta da vareta sobre uma toalha de papel. A cor branca ajuda a verificar a coloração do óleo. A marcação do nível é feita na ponta, com duas pequenas marcas. A que fica mais próxima da ponta da vareta é o nível mínimo. O ideal é que esteja com óleo até a metade da distância entre as marcas. Se estiver molhado apenas na ponta da vareta (ou seja, abaixo do mínimo), hora de completar. Se estiver acima do nível máximo, terá que drenar parte do óleo do motor.

Cor e textura

Há um mito de que o óleo escuro é indicativo de que está na hora de trocar. Isso não é verdade, muito pelo contrário. A cor escura significa que ele está fazendo seu papel, limpando as peças do motor, retirando pequenos resíduos. Mesma coisa para a textura. Se você verifica o óleo no posto, o calor do motor vai ter esquentado o lubrificante, que ficará mais fino. Aí o frentista vai dizer que o óleo está gasto e te convencer a trocar.

Completando o nível

Seu carro está frio, você verificou e o nível está baixo. Se a quilometragem do óleo ainda estiver dentro do indicado, não tem problema colocar um pouco mais para completar o nível. Pode até ser de marcas diferentes, o importante é que seja da mesma especificação, pois cada um tem um nível diferente de viscosidade na partida a frio e de fluidez. Lembre-se de o momento para a troca vai continuar o mesmo de antes, pois lubrificante anterior continua dentro do carro.

Qual óleo usar?

Siga sempre o que está indicado no manual do veículo. O motor foi desenvolvido para rodar com um óleo específico e, se usar um que seja inferior, vai começar a desgastar mais e aumentar o consumo de combustível. Em uma emergência, pode usar um óleo que tenha aditivos de nível superior ao do indicado para o seu carro. Em ordem crescente: SG, SH, SJ, SL e SM. Além disso, usar o óleo adequado vai dar uma força extra para o motor em dias frios.

Vale a pena usar aditivo?

Não. Se você está utilizando um bom óleo original, ele já foi desenvolvido para vir com um pacote de aditivos balanceado no lubrificante. Colocar mais aditivos do que isso pode prejudicar o motor, aumentando a viscosidade do óleo o que, somado com as sujeiras do motor, pode entupir o sistema. Sem falar que, se seu carro novo quebrar e for constatado o uso de aditivos, você pode perder a garantia.

FONTE: http://carros.ig.com.br/2016-07-07/troca-de-oleo-motor-8-dicas.html

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