Revista Auto Esporte – Testes de emissões terão que ser feitos em ruas, não em bancadas, para evitar manipulações; regras são semelhantes às dos Estados Unidos.
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Nos próximos anos, as regras de emissões de poluentes dos carros novos vendidos no Brasil ficarão mais rígidas do que as atuais. Além disso, os carros novos terão que passar por testes mais rigorosos para provar que conseguem cumprir com esses novos limites.
Isso porque o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou em sua última reunião no ano as regras das fases L7 e L8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).
As novas regras foram propostas pelo Ibama nos últimos meses como uma reação ao Dieselgate, da Volkswagen, e antecipadas por Autoesporte. O escândalo internacional da montadora alemã consistia na instalação de um equipamento que era capaz de burlar testes de emissões em diversos países.
No Brasil, mais de 17 mil picapes Amarok foram vendidas com o dispositivo, que estava ativo, conforme testes feitos pela Cetesb.
“A medida aprovada pelo Conama dá continuidade ao programa mais abrangente do país sobre poluição do ar por veículos leves, que vem garantindo a qualidade do ar em nossas grandes cidades”, diz Gilberto Werneck, coordenador-geral de gestão da qualidade do ar do Ibama.
Para propor estas novas regras, o órgão usou como referência a legislação em vigor nos Estados Unidos, considerada referência na área.
O que dizem as novas regras?
Em 2021, o processo de homologação contará com um novo tipo de teste para garantir que os carros novos não emitam mais poluentes do que o previsto em lei. Os testes atuais são feitos em máquinas que simulam uma condição normal de rodagem.
Mas, foi para burlar testes desse tipo que o grupo Volkswagen instalou em milhões de carros em todo o mundo um equipamento que identifica essa situação e faz com que o motor emita menos poluentes.
Para evitar que isso aconteça, os novos testes serão feitos em ruas comuns, dificultando fraudes. Além disso, os limites de emissões serão reduzidos e passará a ser exigido que as montadoras garantam que o nível de emissões será igual até que o carro chegue a 160 mil km rodados ou 10 anos de uso. Esse período é o equivalente ao dobro do exigido hoje em dia. O Ibama agora tem um prazo de 2 anos para regulamentar as regras de todas essas etapas.
Além disso, todos os veículos terão que contar com um equipamento de diagnóstico de bordo, identificados pela sigla OBD. O objetivo é salvar dados sobre falhas, manutenções, reparos e outras informações.
Em janeiro de 2023, entra em vigor uma nova fase do Proconve (L8), que terá limites ainda mais rígidos de emissões de poluentes. Dois anos depois, em 2025, está prevista uma nova redução no teto de emissões.
As montadoras de veículos utilitários a diesel terão uma missão adicional: até 2031, esses modelos terão que emitir a mesma quantidade de poluentes que veículos leves com motor flex.
Ainda há no pacote outras medidas, como a que prevê redução de até 99% na quantidade de emissões de partículas finas no ambiente com o uso de novos equipamentos em ônibus e caminhões. Já as regras para os níveis de poluição permitidos para motos serão estabelecidas em 2019.
Fonte original do texto: Revista Auto Esporte
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