Texto por Revista Auto Esporte – Ação da chuva pode causar manchas na pintura e até corroer o aço da carroceria; já os raios UV podem desbotar a cores. A parte boa: há uma gama de produtos no mercado para protegê-lo.
Confira também no blog do Posto de Vistoria: Mito ou verdade: o velocímetro trava e registra a velocidade no momento da colisão
Quem nunca percebeu o carro mais desbotado ou manchado, apesar de todos os cuidados, atire a primeira pedra. Normalmente, o maior problema para essas queixas vem lá de cima: chuva ácida e raios ultravioleta UVA, UV E UVB.
Infelizmente não dá para escapar desse ataque celeste, mas é possível amenizar (ou retardar) seus efeitos.
Chuva ácida
A chuva ácida é aquela que contém, majoritariamente, gases poluentes, como os carbônicos e os nitrosos. Este tipo de precipitação é encontrado em áreas industriais e em grandes centros urbanos e apresenta um pH ácido, abaixo de 5.5, e infelizmente, não há como prevenir.
Ricardo Vettorazzi, gerente técnico do laboratório de repintura automotiva da PPG, afirma que “os efeitos da chuva ácida não são devastadores, pois não chove o tempo todo”. Mas com o contato prolongado, a pintura pode ficar manchada. Vettorazzi recomenda lavar o carro com água e sabão neutro logo após a chuva, para retirar o ácido da superfície.
Carlos Francisco, analista técnico de treinamento do CESVI Brasil, aponta casos em que os agentes químicos podem até ultrapassar a camada da pintura e corroer o aço carbono. Em locais onde há gotajamento de água, como estacionamentos no subsolo, é necessário o dobro de atenção.
Caso prefira uma maior proteção, Ricardo aconselha aplicar uma cera polidora e protetora: ela deixa a superfície mais limpa e menos suscetível à poeiras e corrosões.
O que fazer?
Nos casos em que as marcas são mais agressivas, ” é correto procurar um especialista em revitalização ou repintura para que tome as devidas correções, tanto para as machas de gota d’água como para as manchas mais agressivas”, conclui Carlos.
Um lembrete: esses efeitos de desgaste e queima ocorrem em longo prazo. Não é algo que aparece de um mês para o outro. Ou seja, quanto maior o tempo que o carro ficar exposto a esses fatores, maiores serão os danos. Ao efetuar essa manutenção, é preciso pensar em serviço preventivo – antes de o problema se instaurar.
Raios ultravioleta
Muito mais degradante do que a própria chuva ácida, a incidência solar pode também danificar a pintura do carro. Isso porque a luz solar transmite os raios UVA, UVB e UV, que afetam os carros com pintura de monocamada, e podem deixá-la mais fosca ou manchada.
Porém existem as pinturas bicamadas e tricamadas, que possuem poliuretano na cobertura da resina (conhecida como verniz incolor), essas são resistentes aos raios ultravioleta.
O que devo evitar?
Neste caso, o gerente do CESVI alerta para evitar estacionar em locais onde o veículo ficará exposto a atlas temperaturas, pois o calor pode modificar a tonalidade da cor: “Mas isso só ocorre em temperaturas muito extremas e em longos períodos de exposição.”
Produtos no mercado podem ajudar
Francisco indica alguns produtos no mercado que “ajudam na proteção e conservação da pintura, tais como, vidrificação , espelhamento ou cristalização de pintura.” Para a aplicação no carro, é imprescindível que seja feita por um profissional.
Enquanto isso não acontece, água limpa e sabão de vez em quando é o melhor remédio para evitar danos. Pinturas novas têm maior sobrevida (e resistência), mas os efeitos de chuva ácida e ação solar já podem ser observados facilmente em carros com mais de cinco anos.
Fonte original do texto: Revista Auto Esporte
Confira também no blog do Posto de Vistoria: Manutenção Preventiva, aumente a durabilidade de seu veículo