Notícia por Auto Esporte Autoesporte Responde explica porque a tecnologia mais antiga sobrevive nessa aplicação

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Porque é mais barato. Em todos os carros o principal responsável pela frenagem são os freios no eixo dianteiro. Esse é um dos motivos pelo qual quase todos os modelos possuem discos ventilados na frente. Tem uma exceção com o Renault Kwid, que aposentou os discos sólidos na linha 2020.

A maior parte da massa de um carro de passeio fica na dianteira, e isso piora em frenagens, por conta do aumento provocado pela transferência de peso — que também faz a frente do carro abaixar e a traseira, levantar.

O maior problema do freio a tambor é sua resistência menor a fadiga, que é o superaquecimento do sistema e que faz com que carro perca gradualmente sua capacidade de frenagem.

Como os freios traseiros são menos exigidos, esse risco é reduzido. Em modelos maiores ou esportivos, porém, discos nas quatro rodas são essenciais.

Travou tudo

FREIOS DE ESTACIONAMENTO COM DISCOS SÃO MAIS SENSÍVEIS À VARIAÇÃO DE TEMPERATURA (FOTO: THINKSTOCK)

Se o freio a tambor pode ficar quente e perder eficiência numa descida de serra, por exemplo, na hora de estacionar essa é uma vantagem.

Um dos quesitos levados em conta para desenvolver os freios de um modelo é a capacidade dele manter o veículo carregado estacionado em uma ladeira. Neste ponto o freio a tambor é favorecido, pois normalmente ele está aquecido quando o carro estaciona depois de algum tempo de uso.

Ao estacionar seu carro, o tambor começa a esfriar e vai se se contraindo, aumentando a pressão de sua superfície interna contra as lonas. Na prática, o carro vai ficar cada vez mais “freado”.

Agora, se o carro tiver discos no freio de estacionamento o processo é inverso: o disco perde a pressão contra as pastilhas gradualmente conforme esfria. Por conta disso a maioria dos modelos com esse sistema e também dotados de freio de estacionamento elétrico podem fazer ajustes na pinça até horas depois do motor ter sido desligado.

Por outro lado, a perda de temperatura súbita ou desigual do tambor pode fazer com que ele cole nas lonas, impedindo que o carro seja liberado mesmo após o freio de estacionamento ter sido solto.

Essa situação pode ser contornada de uma maneira simples, mas que exige cuidado. Normalmente ao tentar sair de ré, aplicando gradualmente a embreagem, as lonas se descolam do tambor. Em casos mais severos, porém, só o desmonte parcial do freio pode resolver o bloqueio.

Fonte original da noticia: Revista Auto Esporte

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