Texto por AutoEsporte O processo de limpar a cabine é ainda mais trabalhoso do que o exigido pelas partes externas. Segundo o Centro de Experimentação Viária (Cesvi), o estofamento deve ser limpo com pano úmido e escovas macias (como aquelas para sapatos), tendo o cuidado de não encharcar os tecidos.

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Antes de sair esfregando assentos e forrações, o dono do veículo deve passar o aspirador de pó para retirar restos de comida, poeira, fios de cabelo etc.

Após terminar o serviço, o recomendado é deixar as portas ou as janelas abertas por duas horas ou pelo tempo que for necessário para que toda água evapore. Alguns recomendam deixar com o ar quente e as janelas fechadas por 20 minutos.

Cuidado com o teto e com o couro

Só não invente em um ponto: o teto tem material diferente e fica colado ou preso por presilhas ao metal. Se você molhá-lo, tudo pode se soltar.

Se os bancos forem de couro, melhor usar pano úmido e um pouco de sabão neutro. É fácil deixá-los com ar hidratado e limpo sem ter que recorrer a cremes hidratantes de uso humano. Vale alertar que os hidratantes de uso automotivo têm composição diferente e ajudam a limpar os revestimentos, em vez de deixá-los “melecados”.

O ponto polêmico está na aplicação do silicone. A prática, comum até os anos 1980, perdeu popularidade por vários motivos: mudança dos materiais da cabine, maior utilização de plásticos, presença de itens tecnológicos, entre outros. Para quem deseja reforçar o brilho de partes escuras no interior do carro, o melhor é optar pelos tipos específicos de silicone e similares desenvolvidos para esse fim facilmente encontrados em lojas de acessórios.

Dá para usar silicone tradicional?

O silicone tradicional, aquele baratinho encontrado em postos à moda antiga e oferecido por frentistas, deve ser restrito aos pneus e a peças externas de acabamento mais grosseiro. Internas, nem pensar. Afinal, imagine só como a sujeira vai grudar ainda mais facilmente sobre aquela camada lambuzada de material…

ESTOFAMENTO DE TECIDO REQUER MAIS TRABALHO QUE O DE COURO (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Outros produtos também devem ser evitados, especialmente os de base alcalina. Muito usada em lava jatos, esse tipo de composição ajuda a limpar rapidamente as superfícies. É um passou, limpou. Porém, a verdade é que a acidez dos compostos acabarão arruinando as peças a médio e longo prazo.

Há produtos menos lambuzantes que contam com proteção UV (raios Ultra Violeta), cujos compostos ajudam a preservar um pouco o interior de modelos que ficam estacionados ao relento.

E os vidros e telas?

É um dos raros pontos que você pode usar álcool no interior do carro. É só pegar um papel toalha levemente umedecido no álcool e depois passar um outro para secar. Papel muito molhado vai se despedaçar e prejudicar a limpeza. Tecido, só de microfibra, daqueles que não soltam fiapinhos.

RARAS COISAS INCOMODAM MAIS DO QUE UM VIDRO SUJO (FOTO: GLOBOPRESS)

Outros produtos servem para desengordurar e tirar a sujeira do vidro ao mesmo tempo. Mas fique atento: caso eles deixem manchas, não vale a pena sair da receita tradicional do álcool e papel/paninho.

Já telas como a do multimídia devem ser limpas com o mesmo tipo de pano de microfibra, porém o líquido sempre será água, para evitar ressecamentos.

Fonte original do texto: AutoEsporte

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