Texto por Revista 4 Rodas Batizado apropriadamente como Tank, o modelo é o SUV mais potente do mundo.

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O Rezvani Tank acabou de receber uma segunda geração. Pouco conhecido do público geral, o SUV é feito por um pequeno fabricante norte-americano. O modelo é construído sobre o chassi do Jeep Wrangler. Como o modelo original ganhou uma nova geração, nada mais natural do que o Tank mudar logo depois.

O design guarda muito do carro original. O estilo está entre Batmóvel e carro blindado e conta com pequena área envidraçada. Os pneus reforçados ultrapassam a largura da carroceria e ficam posicionados nas extremidades do carro, o que dá agilidade extra sobre terrenos bem ruins. A tração é 4X4, mas se você for enfrentar um cenário pós-apocalíptico, é possível colocar um kit de suspensão elevado.

Com vidros bem recuados em relação à carroceria, o carro parece pronto para receber blindagem. E está mesmo: a versão Military do Tank conta com proteção para vidros e carroceria contra calibres bem mais pesados que a típica blindagem 3A mais utilizada no Brasil. Enquanto o nosso nível protege contra armas de mão, o Tank atura disparos de fuzis automáticos. Porém o preço da configuração mais segura chega a US$ 295 mil, bem mais do que os US$ 155 mil pedidos pelo Tank “básico”.

VIDROS SÃO RECUADOS EM RELAÇÃO À CARROCERIA E HÁ OPÇÃO DE BLINDAGEM (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Para compensar a etiqueta de preço, o Tank Military traz itens dignos das limusines de Donald Trump ou Vladimir Putin. O Rezvani conta com proteção contra pulsos eletromagnéticos, o que o mantém em funcionamento mesmo após a deflagração de uma bomba atômica (a uma certa distância, claro).

Proteção por todos os lados

À maneira dos Hummers, o Tank Military tem proteção contra explosivos na parte de baixo. Além disso, há uma série de traquitanas típicas dos carros do 007 ou de um tanque M1 Abrams do Exército norte-americano. Confira um curto vídeo sobre o modelo.

Uma cortina de fumaça pode ser gerada para envolver o carro e dificultar ataques. Da mesma maneira, luzes fortíssimas (como as do teto) conseguem cegar os atacantes por um momento. Um sistema de visão noturna com detector de calor também dá uma vantagem extra.

LANTERNAS DE LEDS FICAM INTEGRADAS AO CARRO (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Mas o grande barato é o uso de maçanetas eletrificadas. Sim, esse carro pode dar choques em qualquer um que cair na besteira de tentar abri-lo. Além disso, as trancas são do tipo magnéticas e podem ser tão resistentes quanto alguns cofres. Um sistema de interfone faz o papel de conectar a cabine ao mundo exterior.

Ser blindado não significa ser à prova de balas. Mas o Tank faz de tudo para não ficar fora de ação. O tanque de combustível é autoselante, capaz de fechar o orifício de entrada em caso de disparo. O radiador é protegido, enquanto a suspensão parece capaz de relevar qualquer ofensa do piso.

O INTERIOR LEMBRA A CABINE DO JEEP WRANGLER, UTILITÁRIO QUE CEDEU A BASE AO TANK (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Caso o Tank leve a pior e o interior seja exposto, máscaras de gás protegem os ocupantes. Há também kit de primeiros socorros e anti hipotermia.

Design e motorização

A carroceria conta com reentrâncias agressivas. Para combinar, os para-malas são ressaltados, tal como o capô elevado. As lanternas de LEDs são totalmente integradas ao estilo.Tudo nele foi feito para inspirar uma imagem malévola e dissuadir qualquer intenção de ataque. As portas traseiras suicidas do original se tornaram convencionais, uma solução muito mais prática em casos de emergência.

O parentesco com a Jeep e os modelos da FCA (Fiat Chrysler Automobile) salta aos olhos na cabine. O interior é muito semelhante ao encontrado no novo Wrangler. O que é uma boa notícia, uma vez que o Jeep evoluiu muito neste aspecto. Há também várias opções de revestimento de couro.

A influência da FCA também fica clara nos motores. O Tank convencional pode vir com dois motores básicos: o V6 3.6 Pentastar aspirado ou o 2.0 turbo do Wrangler (para exportação). Como um opcional de US$ 35 mil, ele pode receber ainda o V8 Hemi 6.4 de 507 cv que pode ser encontrado nos modelos SRT da Chrysler. Mas o Military extrapola e tem como opção o V8 6.2 Demon comprimido de 1.013 cv!

Caso o 6.2 Demon seja indispensável, o comprador pode optar pela versão Tank X, que vem de série com o motor V8 mais potente. O custo chega a US$ 349 mil, valor que chega a quase R$ 1,4 milhão na conversão direta. Contudo os impostos de importação e outras taxas elevariam o valor para até R$ 4 milhões no Brasil. O Tank impressiona até nisso.

Fonte original do texto: Revista AutoEsporte

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