Texto por 4 Rodas – Propriedades do fluido são alteradas ao longo de seu uso e afetam a durabilidade.
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Há diferença química entre o lubrificante novo e o velho?
Sim, por conta do processo de envelhecimento dele. “A mistura com os subprodutos da queima de combustível e o processo de oxidação do óleo ao longo de sua vida útil são situações que geram impurezas na composição e alteram a propriedade e a composição físico-química do fluido”, explica Otávio Campos, consultor técnico da Shell Lubrificantes.
A diferença também é visual, pois o óleo vai se escurecendo conforme o tempo. Mas nada de esfregar o fluido entre os dedos para saber se ele precisa ser reposto, como muito frentista faz.
A troca de óleo deve ser feita respeitando o intervalo de manutenção de cada fabricante, levando em conta o uso normal ou severo de cada veículo.
O bicho-papão da lubrificação
Um dos maiores problemas para o óleo é a rodagem curta, cujo apelido machista de antigamente era “ciclo dona de casa”.
Quando o motor está frio, a injeção eletrônica coloca mais combustível na mistura, para acelerar o aquecimento do conjunto.
Só que nem todo combustível é queimado, e o excesso, líquido, escorre pela camisa do cilindro e se mistura com o óleo. Quando o lubrificante esquenta – algo que demora mais de 15 minutos, dependendo do motor e temperatura ambiente -, o combustível evapora, se separa do óleo e é readmitido no motor por meio de mangueiras e respiros.
O problema é que o óleo é mais sensível à contaminação por etanol e, para piorar, o biocombustível tem menor poder calorífico e faz com que o motor demore a esquentar.
Isso faz com que o óleo permaneça contaminado, prejudicando a lubrificação e podendo ocasionar até danos permanentes nas partes móveis do motor.
Por conta disso, quem usa o motor em rodagens curtas, que não permitem ao propulsor chegar à temperatura de trabalho, deve usar preferencialmente gasolina e trocar o óleo na metade do tempo recomendado pela fabricante.
Fonte original do texto: Revista 4 Rodas
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