Os carros seminovos, que têm até 3 anos de uso, são o tipo de carro mais negociado no Brasil. Em 2017, mais de 5 milhões passaram a ter um novo dono.

Dá para entender por que esta a “faixa etária” é tão interessante para os consumidores: além dos valores mais convidativos em relação ao carro zero, é um veículo que dificilmente vai trazer aborrecimentos no curto prazo. Isso porque eles têm, em média, de 1.000 km a 35.000 km rodados.

Outro ponto interessante é que carros feitos a partir de 2014 saíram de fábrica obrigatoriamente com airbags frontais e freios ABS. E os seminovos podem ter outros recursos, como o Bluetooth.

Mas, por que alguém se desfaz de um carro tão novo? Possivelmente, o VENDEDOR se decepcionou com o carro. Pode ter achado o motor fraco ou que faltou conforto. Mas a maioria se decepciona mesmo é pela quantidade de vezes que teve que levar o carro à concessionária para fazer reparos em garantia.

Isso pode ser uma vantagem para o COMPRADOR: se aquele motor e o conforto oferecido satisfazem as necessidades dele, todos os pequenos problemas de fabricação foram resolvidos pelo antigo proprietário.

Então, é só curtir? Nem tanto.

A REVISÃO DOS 35.000 KM

É preciso se preparar para alguns gastos que virão logo -e, possivelmente, este é mais um motivo para o VENDEDOR colocar um seminovo à venda. Depois de 35.000 km rodados, é necessário substituir pneus, bateria, discos e pastilhas de freio e, talvez, os amortecedores. O gasto é significativo e precisa entrar na sua conta!

Com 35.000 km rodados, é hora de trocar pneus, bateria, disco e pastilha de freio e, possivelmente, amortecedores

Se você tiver como pagar o carro à vista e também bancar os custos dessa manutenção, o seminovo pode ser um bom negócio. Se tiver que financiar, melhor rever seus planos: invista o valor que pagaria nas parcelas e, depois de um tempo, conseguirá comprar um carro gastando muito menos.

SERÁ QUE FOI BATIDO?

Pode ser que o VENDEDOR tenha decidido abrir mão do seminovo por causa de alguma batida. Para ele “acabou o encanto”.

Se você, COMPRADOR, não se importar com uma ou duas peças repintadas — até porque a maioria das pessoas nem é capaz de identificar uma repintura — aproveite para pedir desconto.

Mas, atenção: é preciso tomar algum cuidado e identificar as dimensões do sinistro. Para fazer uma compra tranquila, leve o carro a uma dessas empresas de vistoria.

NÃO PULE ESTES PASSOS

Além do que foi dito acima, veja o mínimo que você precisa fazer antes de comprar um carro, por mais “novinho” que pareça ser:

  • Como regra geral, a primeira coisa a fazer ao avaliar um carro é ir direto ao manual do proprietário;
  • Verifique se o vendedor efetuou as revisões e as trocas de óleo;
  • Se não puder dar uma volta no carro, ao menos peça para ligá-lo e, caso alguma luz de alerta do painel permaneça acesa quando o motor estiver funcionando, peça que o vendedor faça o reparo necessário;
  • Ainda com o manual nas mãos verifique as datas das revisões e as respectivas quilometragens. Com isso, dá para ter uma ideia se a quilometragem está proporcional e se o carro foi bem cuidado;
  • Peça a um despachante para verificar se o carro não está alienado (ainda em financiamento), se o IPVA está em dia ou se constam multas a serem quitadas.

Até a próxima!

FONTE: http://g1.globo.com/

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