Texto por Revista Auto Esporte As medidas de segurança incluem acionar os bombeiros e manter distância do veículo.

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Recentemente viralizou nas redes sociais o vídeo de um Renault Sandero pegando fogo (e explodindo) no Rio de Janeiro..

O problema mais comum que pode levar a um incêndio é pane no sistema elétrico. Mais especificamente, falhas que envolvam curtos-circuitos ou contato de elementos inflamáveis (materiais ou fluidos) com eletricidade.

Quando isso acontece, é necessário tomar medidas que garantam a segurança do condutor e dos passageiros.

Alessandro Rubio, supervisor de pesquisa e conteúdo do Centro de Experimentação e Segurança Viária do Brasil explica o passo a passo a ser seguido em casos de incêndio.

O que fazer?

Ao notar princípios de fogo, identificados através de indícios de fumaça ou cheiro de queimado, a primeira coisa a ser feita é parar o carro em via segura. Em seguida, desligue o motor e toda a parte elétrica (farois, lâmpadas e até o rádio). Logo após, é necessário evacuar o veículo.

Depois, é recomendado que se isole a área. Rubio sugere o triângulo do próprio veículo ou objetos que eventualmente estejam disponíveis – caso o equipamento de segurança não esteja ao alcance.

O método a ser usado é determinado pela velocidade da via. Por exemplo, se a velocidade for de 60 km/h, deve-se contar sessenta passos longos a frente e para trás do veículo e posicionar o sinalizador.

O próximo passo é acionar o corpo de bombeiros e aguardar a chegada da brigada de incêndio. Nunca, em hipótese nenhuma, tente resgatar objetos do carro quando o fogo já tiver se alastrado.

O supervisor do Cesvi alerta ainda para o que não deve ser feito.

Caso haja princípio de incêndio no motor, é importante que a pessoa não levante o capô totalmente, uma vez que o oxigênio age como comburente e intensifica as chamas. Isso evita queimaduras e que o fogo se alastre para fora do carro.

Extintor: usar ou não usar? Eis a questão.

Até 2015, o porte de extintores em veículos era obrigatório, mas a medida foi derrubada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A justificativa foi a de que, segundo constatado em pesquisas realizadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), existem outras ações mais eficazes contra incêndio, aliadas à evolução tecnológica da indústria automotiva.

Em suma, o órgão concluiu que a ocorrência de incêndio é um evento bastante raro. E, quando ocorre, dificilmente pessoas sem treinamento têm condições de extinguir as chamas.

O supervisor aponta que a capacidade de armazenamento do extintor instalado em carros – uma das maneiras de medir o grau da capacidade de extinção do fogo – é pequena.

Por isso, recomenda-se o seu uso apenas quando há princípio de incêndio, ou seja, pequenas chamas ou fagulhas que possam ser controladas com o equipamento.

Vale lembrar que o uso do extintor deve ser feito apenas se ele estiver dentro da validade e não exclui o fato de ser necessário acionar os bombeiros.

Como evitar?

Segundo o especialista consultado, a principal medida para se evitar casos de incêndio é sempre realizar instalação de equipamento e acessórios como auxílio de um profissional especializado. Para ele o cenário ideal de segurança máxima é aquele em que não haja tais instalações.

Além disso, ele chama atenção para intervenções ou cortes no chicote elétrico. Se feitas de maneira inadequada, com o uso de fitas isolantes, as chances de um incêndio ocorrer aumentam.

Outro ponto é ficar atento aos fusíveis. Eles são responsáveis por proteger o sistema elétrico de sobrecargas. Se eles se queimarem o risco da pane elétrica aumenta.

Fonte original do texto: Revista Auto Esporte

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