Texto por AutoPapoUtilizada em diversos estados brasileiros, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, tecnologia tem vantagens sobre os etilômetros tradicionais.

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Novos bafômetros (ou aparelhos de detecção de alcoolemia, se considerarmos o nome técnico) foram distribuídos para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro. Os chamados “bafômetros passivos” detectam a presença de álcool sem a necessidade de o condutor soprar no aparelho e já funcionam em outros estados brasileiros.

Segundo o porta-voz da PRF, José Hélio Macedo, o órgão recebeu 18 equipamentos para agilizar a fiscalização nas estradas. “O aparelho facilita bastante o nosso trabalho por questão de agilidade, porque o motorista não precisa descer do carro. Na aproximação da cabine do veículo você consegue fazer a detecção da presença de álcool. O bafômetro passivo tem uma sensibilidade bem grande”, completou agente.

Benefícios dos bafômetros passivos

Macedo explica que, além da questão da agilidade, citada acima, o novo bafômetro representa economia. Isso porque o aparelho tradicional requer o uso de um bocal que custa em torno de R$ 2 a unidade.

“Em uma fiscalização de alcoolemia você gastava diversos bocais e às vezes sem necessidade, já que o condutor pode não estar embriagado. É uma melhoria até mesmo para quem está sendo fiscalizado, porque se não tiver nada de errado, ela vai embora mais rápido”, explicou.

Bafômetro passivo detecta embriaguez apenas pela respiração do motorista.

O policial destaca, no entanto, que os bafômetros passivos indicam o consumo de álcool, mas não medem a quantidade no organismo da pessoa, o que é necessário para a aplicação da multa. Por isso, em caso de positivo, é preciso fazer o teste à moda antiga:

O aparelho não dispensa o equipamento tradicional, porque se o motorista estiver alcoolizado, para fazer a multa ou a prisão, a gente precisa ter o teor alcoólico, o índice. E só o outro equipamento faz essa medição, o novo faz só essa triagem. É para facilitar e também a questão do custo.

No Rio de Janeiro, os novos bafômetros serão utilizados nas operações de fiscalização de rotina da PRF nas rodovias federais e também poderão fazer parte de operações integradas do órgão federal com as blitzes da Lei Seca do governo.

Em outras unidades federativas, como Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal, os aparelhos do tipo passivo já estão em operação.

O site AutoPapo questionou a PRF de Minas com relação à negativa do teste. Isso porque, com o etilômetro tradicional, o condutor podia optar por não soprar o aparelho. A resposta do Inspetor Aristides Júnior, porta-voz do órgão, foi a seguinte:

Na realidade, os bafômetros passivos ainda não são responsáveis por multas. Então, conversamos com o motorista, fazemos a medição e, se for detectado a presença de álcool, o condutor é convidado a soprar o aparelho convencional. Nesse momento ele pode se negar a fazer o teste.

O agente completou: “o bafômetro passivo funciona como uma triagem para o equipamento tradicional. Mas cabe lembrar que o motorista que se recusa a soprar o etilômetro leva uma multa pela recusa, no mesmo valor da autuação por embriaguez, e tem sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida”.

“A depender dos sintomas apresentados pelo motorista, ele pode ser encaminhado para a delegacia mesmo que se recuse a soprar os bafômetros”, finalizou.

Ainda não houve, no estado, nenhuma situação em que o motorista tenha pedido para que o policial retirasse o aparelho passivo de perto dele, impedindo a aferição.

Além dos bafômetros passivos, estão em teste no Brasil os drogômetros, equipamentos capazes de indicar o uso de mais de 15 substâncias psicoativas. Testamos um deles e contamos como o “bafômetro de maconha” funciona, confira:

Fonte original do texto: AutoPapo

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