Texto por Revista Auto Esporte – Concessionárias oferecem uso do cartão para facilitar a entrada ou para vender uma versão mais cara, mas fique atento com o orçamento.

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Como atrativo à compra do carro, as concessionárias permitem o uso do cartão de crédito somente em alguns casos, para acertar parte do valor em poucas parcelas. Dependendo do caso, passar no crédito pode ser um facilitador para pegar uma versão mais cara, mas não pense que vai parcelar o veículo em suavíssimas parcelas que levarão anos para serem quitadas.

Pesquisamos em algumas revendas de São Paulo para ver como o financiamento no cartão de crédito realmente funciona. Em todas, o valor que pode ser parcelado por norma da loja é a seguinte: 10% do carro e a parcela não pode ultrapassar o total de R$ 10 mil. Na maioria dos casos, as empresas não parcelam mais do que 10 vezes sem juros.

COMPRAR CARRO NO CARTÃO DE CRÉDITO É A ÚLTIMA TENDÊNCIA DO MERCADO (FOTO: GETTY)

Em uma concessionária da Ford, por exemplo, o pagamento no cartão de crédito serviu como um facilitador para o cliente efetuar a compra de uma versão mais cara do veículo. Em vez de um Ka Sedan SE manual, o cliente pode levar um Ka Sedan SE Plus 1.5 automático. A diferença de R$ 10 mil reais pode ser parcelada no cartão em 10 vezes sem juros.

FORD KA SEDAN (FOTO: LEO SPOSITO)

Em outra situação listada pelo vendedor, o cliente precisa dar 15 mil de entrada, porém falta R$ 3 mil. Dependendo, dá para dividir. Vai de caso a caso.

Já na concessionária da Chevrolet é possível parcelar de 10% a 15% o valor do carro em até 10 vezes sem juros. Um pouco similar, a Renault divide em até 3 vezes a quantia de 10% do valor do carro, os outros 90% podem ser financiados. Procurada, a Hyundai também adota o mesmo sistema: quitam até R$ 10 mil em, no máximo, 10 parcelas sem juros.

Na loja da Volkswagen procurada, o uso do cartão de crédito serve como uma pequena entrada de até R$ 5 mil reais, parcelada em até 4 vezes sem juros. O resto é financiado pelo banco da concessionária.

Especialista recomenda, mas pede atenção

Para ter a certeza se a utilização do cartão de crédito vale a pena, conversamos com o professor Ricardo Teixeira, coordenador de MBA de Gestão Financeira da Fundação Getúlio Vargas. A principal dica, entretanto, é ter um planejamento financeiro e avaliar na ponta do lápis o que vai sair mais barato no final.

É uma boa saída para quem não tem todo o dinheiro de entrada. Com planejamento, dá para quitar aos poucos e além disso acumula pontos do programa de fidelidade do cartão. “Como é uma compra de alto valor, pode fazer com que a pontuação cresça bastante”, explica Teixeira. Mas deve-se ficar atento à alguns detalhes que podem dar certa dor de cabeça.

Atenção ao limite do cartão

“A princípio, é preciso saber o limite do cartão”, comenta o especialista. Isso porque, quando se usa o cartão de crédito para uma compra mais cara e que levará alguns meses para ser quitada, o consumidor precisa saber previamente que uma boa parte do que se pode gastar estará bloqueado. Nesse caso, ou se aumenta o limite, ou é necessário reduzir os gastos com este cartão.

Como muitas concessionárias acabam ajustando o pagamento para facilitar a compra, é sempre bom verificar se todas estas parcelas são mesmo sem juros ou se não há nenhuma outra taxa a mais. O professor dá exemplo das companhias aéreas que fazem as primeiras parcelas sem juros e começam a cobrar nas conseguintes.

Também é importante calcular o chamado “custo efetivo total”, que é o quanto o comprador vai efetivamente pagar no final, subtraindo o valor à vista. Pode dar trabalho, mas vale conferir qual tipo de pagamento melhor se encaixa no perfil, e qual deles não te fará gastar muito acima do valor do veículo.

Fonte original do texto: Auto Esporte

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