Texto por G1 – Redução não quer dizer que menos pessoas morreram no trânsito do país. Acre registrou queda de 95% no número de reembolsos, enquanto Maranhão teve alta de 46%.
Confira também no blog do Posto de Vistoria: Carros são mais caros hoje? Veja os preços de 10 modelos dos anos 90
Na Semana Nacional do Trânsito, a Seguradora Líder, responsável pelo DPVAT, divulgou um balanço com dados de mortalidade no trânsito brasileiro nos últimos 10 anos.
De acordo com os dados, o número de indenizações pagas por mortes caiu 27,8% entre 2009 e 2018, passando de 53 mil para 38,2 mil.
Mesmo que tenha registrado redução no número de reembolsos, isso não quer dizer necessariamente que o número de mortes no trânsito tenha caído, já que o DPVAT considera apenas casos em que houve abertura de processo para pagamento de indenização após o acidente.
Trânsito mortal
No geral, o trânsito brasileiro é muito mortal. No acumulado destes últimos 10 anos, foram pagas 485,1 mil indenizações por morte no trânsito. A própria Seguradora Líder comparou esse índice com o número de vítimas da Guerra na Síria, que matou mais de 360 mil pessoas desde 2011.
Um levantamento Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta quinta-feira (19) mostra que houve 68,2 mil acidentes em rodovias federais no país em 2018. Destes, 5,2 mil resultaram em mortes. O número revela uma média de 14 vidas perdidas a cada dia nas estradas do país.
Análise por estados
Aprofundando os dados do DPVAT para os estados, 10 deles registraram aumento no número de indenizações pagas, enquanto 16 tiveram queda – apenas Rondônia manteve o índice.
O estado que mais reduziu o número de indenizações foi o Acre, com uma impressionante queda de 95%, passando de 1.931 reembolsos em 2009 para 101 no ano passado.
Na outra ponta, no Maranhão, houve 46% mais indenizações pagas em 2018, na comparação com 2009 – o número saltou de 1.135 para 1.653.
Em números absolutos, o estado com o maior número de pagamentos foi São Paulo, com 5.462 reembolsos. Ainda assim, o número é 51% menor do que 10 anos atrás, quando foram pagas 11.040 indenizações.
Vale lembrar que o estado é dono da maior frota de veículos do país, bem como é a unidade da federação mais populosa.
Além de São Paulo e Acre, o Rio Grande do Sul também reduziu o número de indenizações em mais de 50%, passando de 3.713 em 2009 para 1.774 em 2018, valor 52% menor.
Considerando o número de indenizações pagas pelo número de habitantes dos estados, o pior índice é o de Tocantins, com 38 indenizações para cada 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Piauí (34), Mato Grosso (33), Rondônia (29) e Roraima (25).
Na ponta oposta, figuram Amazonas (10), Distrito Federal (11), Acre, São Paulo e Amapá (12).
Comparando com os mesmos índices de 2009, é curioso observar que o Acre era o estado com mais indenizações pagas pelo total de habitantes, com 279 reembolsos para cada 100 mil habitantes.
De 10 anos para cá, o perfil das vítimas também mudou. Se, em 2019, as indenizações eram praticamente iguais entre motoristas (39%) e pedestres (40%), agora, há uma clara divisão.
Em 2018, 55% das indenizações foram pagas pela morte de motoristas, contra 28% de pedestres e 17% de passageiros.
Homens morrem mais
O DPVAT também filtrou o número de indenizações por sexo, idade, horário dos acidentes e tipo de veículo.
Os homens são os que mais morrem no trânsito brasileiro, com 82% das indenizações pagas pelo DPVAT. Quando o enfoque são os motoristas, a porcentagem sobe para 94% das vítimas.
Enquanto isso, o horário mais comum dos acidentes que deixam mortos é o anoitecer, entre 17h e 19h59, com 22%. A quantia é um pouco mais alta do que durante a noite, entre 20h e 23h59. Essa faixa representa 20% das indenizações pagas.
Por outro lado, o amanhecer, entre 6h e 8h59, é o horário com menor incidência de acidentes fatais, com apenas 10% dos reembolsos.
Fonte original do texto: G1
Confira também no blog do Posto de Vistoria: Por que nem todo carro com xenônio tem lavador do farol?