Texto por Revista Auto Esporte – Quem curte carro sabe que os veículos são divididos por categoria. E, apesar de estarem longe de serem senso comum, os termos hatch, sedã e SUV estão cada vez mais difundidos no mercado e na cabeça das pessoas.
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Mas o nosso papo aqui hoje é sobre motocicleta. Você sabia que as motos também são classificadas por segmento dependendo de sua configuração?
E são muitos os itens que diferenciam as duas rodas. A cilindrada, a posição de pilotagem, a presença ou ausência de carenagens, o tipo de chassi e, é claro, o estilo. Algumas são feitas para rodar exclusivamente sobre o asfalto (on road), e neste universo estão as categorias Custom, City e Street.
Outras, porém, são preparadas para encarar trilhas leves ou pesadas (off-road). E dentro dessa linha de motos estão as Trails e Big Trails.
Confira abaixo algumas das principais categorias e torne-se um especialista no assunto para fazer inveja àquele amigo que está pagando o consórcio e sonhando com uma na garagem.
Scooter
Não é regra. Mas em geral, os scooters são veículos destinados a um público mais jovem, e com cilindradas entre 50 cm³ e 150 cm³. Embora cada vez mais motociclistas de todas as idades estejam se rendendo à essas ágeis, econômicas e práticas motos equipadas com câmbio automático e ótima ciclística para trafegar em meio a trânsitos caóticos. Ainda que não tragam o mesmo conforto e a segurança de motos com rodas maiores.
A posição do piloto, que viaja sentado, ao invés de montado, é uma das principais características que definem um scooter. Enquanto os pés ficam avançados e são acomodados em piso planos, horizontais ou inclinados. Esta característica muda totalmente o tipo de pilotagem em relação a uma moto tradicional.
Além disso, normalmente os Scooters são equipados com nichos para acomodar pequenos objetos e alças para pendurar uma sacola. E, em alguns casos, até espaço debaixo do banco para se carregar um capacete (às vezes só cabe um aberto).
Cub
O segmento Cub é outro definido pela leveza do ser e facilidade de pilotagem. Só que diferentemente dos scooters, o condutor viaja montado e apoia os pés em pedaleiras. Isso torna a pilotagem parecida com a de uma moto convencional.
Um exemplo é a Honda Biz 125 da imagem acima. Que dispensa a embreagem, e o manete esquerdo, e é munida de câmbio semiautomático. Também são motos de baixa cilindrada, em torno de 100 cm³ e 125 cm³. A economia de combustível é destaque.
Esportivas
As esportivas foram inventadas, basicamente, para acelerar forte. Mas, como não se pode ter tudo na vida, há escolhas a serem feitas. Os pilotos sofrem em cima dessas motos por ficarem “carenados” – inclinados para frente e com o peito rente ao tanque para reduzir a resistência do vento. É o preço para ver o ponteiro subir rapidamente ao som de uma sinfonia metálica, em geral, contagiante.
Contudo, se por um lado são equipadas com design e carenagens aerodinâmicas de linhas arrojadas, por outro quase não oferecem conforto. As suspensões são rígidas, o banco tem pouco aconchego (quase sempre) e o guidão é avançado.
Essas motocicletas podem ser encontradas em várias faixas de cilindrada: baixa, média ou alta. E podem chegar a ter até 1.200 cm³. As esportivas encantam por onde passam, seja pelo visual futurista ou pelo ronco dos escapamentos. Não é à toa que é o tipo de moto utilizada nas corridas de Moto GP e Super Bike.
Naked
Sem ficar em cima do muro, afirmo: para mim as motos mais lindas são as do segmento Naked (nuas). Além da praticidade para utilização em perímetro urbano, também podem ser utilizadas em estradas, apesar de serem desprovidas de carenagens – daí a origem de toda a sua beleza. A pouca roupagem, porém, deixa os pilotos muito expostos à força do vento em altas velocidades.
Também são encontradas em uma vasta gama de cilindradas que vão de 200 cm³ a até 1.000 cm³. É o caso da Yamaha MT-07, que você contempla na imagem acima. As nakeds menores, de até 500 cm³, ficaram conhecidas como street, por serem mais utilizadas dentro das cidades – como o próprio nome sugere.
Custom
São genuínas estradeiras. Feitas também para rodar pelas ruas dos grandes centros, mas seu habitat natural são as rodovias. Seu design privilegia o conforto, com altura de assento mais baixa, suspensões parrudas, garfo (suspensão dianteira) longo e guidão elevado – que proporciona maior bem-estar na pilotagem.
Também são as preferidas pelas tribos que adoram adereços nas jaquetas de couro e enfeites cromados nas motos. Curiosamente, a nomenclatura Custom praticamente virou sinônimo da emblemática marca Harley-Davidson, que se especializou nesse tipo de moto.
As Customs são caracterizadas por terem motores grandes, às vezes enormes, e suas elevadas cilindradas que podem ir de 500 a 1.800 cm³, ou ainda mais.
Trail e Big Trail
São as motos que deixam a maioria dos baixinhos na vontade. Isso porque, normalmente, têm alturas de assento, suspensão e de guidão bem elevadas. Esse porte facilita ao piloto vencer terrenos acidentados posicionado em pé sobre as pedaleiras. De quebra, ainda ajuda a transpor os corredores de carros no trânsito, passando com as manoplas por cima dos retrovisores.
Oferecem ótima ciclística (maneabilidade) e contam com carenagens que ajudam a viajar tranquilo em velocidade de cruzeiro. São tanto indicadas para quem roda exclusivamente por ruas pavimentadas, ou para quem quer pegar uma trilha aos finais de semana. E é uma das categorias com mais oferta de motorização.
Não é por acaso que acabaram ficando muito caras e também muito visadas para roubo e furto. Com o preços dos seguros nas alturas. Afinal, as trails e big trails estão bem mais tecnológicas, e com desempenho de esportivas, só que oferecendo muito mais conforto.
Fonte original do texto: Revista Auto Esporte – https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2019/03/guia-para-entender-de-vez-os-tipos-de-motos.html
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