Avanço da indústria automotiva no acumulado do ano é de 27%.
A produção de veículos no Brasil subiu 15,2% em novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, afirmou nesta quarta-feira (6) a associação das montadoras (Anfavea).
Foram fabricados 249.089 carros, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus no mês passado, enquanto em novembro de 2016 a indústria alcançou 216.297 unidades.
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, o crescimento é de 27,1%, com 2,48 milhões de veículos, contra 1,95 milhão no mesmo período do ano passado.
Recordes
As exportações seguem puxando a retomada, com alta de 28,8% em novembro, quando foram enviadas 73.073 unidades para fora do país – o maior número mensal já registrado. No ano, a variação acumulada é de 53,3%.
“A produção foi puxada por essa magnífica exportação, que faz o número ser maior que o de licenciamentos”, explica Antonio Megale, presidente da Anfavea.
Em 11 meses, já foram exportados 700.893 veículos montados – outra máxima histórica. Até então, o melhor ano em exportações era 2005, com 547 mil unidades no total.
Os resultados do setor contribuíram com a indústria brasileira como um todo e representaram a maior alta no mês passado, quando houve crescimento de 5,3% na produção nacional.
Vendas
As vendas no mercado interno também mostraram uma recuperação em novembro, com alta de 15,8% em média. Os veículos leves, que são responsáveis pela grande maioria dos emplacamentos, avançaram 14,9%.
Com uma base relativamente baixa de comparação, o segmento de caminhões saltou 43,9% nos licenciamentos, ante novembro de 2016, enquanto as vendas de ônibus subiram 78% na mesma comparação.
No acumulado do ano, os emplacamentos de carros novos já registram alta de 13,2%, com 1,8 milhão de unidades.
“Provavelmente vamos errar nas previsões de licenciamentos e exportações. Eles devem ficar acima do que esperávamos”, aponta Megale.
De acordo com a última previsão, feita em agosto, a entidade previa que o setor fechasse 2017 com alta de 25,2% na produção, 7,3% nas vendas e 43% nas exportações.
Empregos
O número de trabalhadores diretos das montadoras subiu 2,5% em 12 meses, de 123 mil em novembro de 2016 para 126 mil no mês passado. Mas em relação a outubro, foram fechadas pouco mais de 400 vagas.
Além disso, 3.332 empregados ainda estão com os contratos suspensos (lay-off) ou com redução de jornada e salário por meio do programa PSE do governo federal.
“Esperamos que até a metade do próximo ano os lay-offs sejam encerrados”, afirma Megale.
Atualmente, as montadoras mantêm 1.014 empregados em lay-off. Essas medidas foram adotadas amplamente durante o período de queda da produção para evitar demissões.
2018
De acordo com Megale, a projeção para 2018 está difícil de ser definida, já que assuntos importantes para o setor como a reforma da Previdência e o novo regime automotivo, o Rota 2030, ainda não foram fechados.
“Achamos que o crescimento de licenciamentos será maior que o desse ano, passando dos dois dígitos.”
A entidade afirma que a capacidade total de produção da indústria nacional é de 5 milhões de veículos ao ano. Para 2018, a expecativa é chegar aos 3 milhões, segundo Megale.
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